Sejam bem vindos Amigos!

Aqui você encontra tudo sobre nosso ministério, confere fotos, vídeos, estudos e todos os eventos promovidos dentro do ministério e também ministrações específicas sobre a Dança. Neste espaço estarei escrevendo um pouco sobre o ministério, sobre mim e o que tenho aprendido com Deus e com as pessoas.
Espero que seja de enriquecimento para suas vidas de alguma forma. Super beijo. ;*

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Voltando ao Primeiro Amor.

Há alguns anos atrás fui ao supermercado fazer uma pequena compra. Não era o que poderíamos chamar de “compra do mês”, era só uma “comprinha” daquelas para as necessidades de um ou dois dias. Portanto, saí com uma certa quantia em dinheiro e fiz questão de calcular os preços dos produtos que comprava de modo a não exceder o valor que tinha em mãos. Quando passei a mercadoria no caixa, sobrou um pequeno troco, não me lembro o valor exato, mas eram apenas moedas. Então perguntei para o caixa se aquele valor dava para comprar algum chocolate, pois pensei em levar algo para minha mulher e meus filhos. Fui informado que com aquela quantia só conseguiria comprar três unidades daquele chocolatezinho em forma de bastão, o “Batom”, da Garoto, e foi exatamente o que fiz.

Quando entreguei os chocolatezinhos na mão dos meus dois filhos, Israel e Lissa, eles fizeram a maior festa. Achei que conseguiria causar a mesma boa impressão em minha esposa, a Kelly, mas para meu espanto a reação dela foi me dizer: "Que decadência!"

Levei um susto com a frase dita e com o olhar de censura recebido. O olhar do Dom Juan e o chocolatinho não haviam produzido resultado algum em minha tentativa de agradar minha esposa.Então disparei: "Do que é que você está falando, mulher?"

Ela nem titubeou para responder: "No início, quando começamos a namorar, você me tratava a base de bombons da Kopenhagen. Depois que noivamos você começou a aparecer com caixinhas de bombons sortidos da Nestlè. Quando nos casamos você começou a trazer os “Sonhos de Valsa” da Lacta. E agora “Batom”... Onde é que isto vai parar?"

Caímos na gargalhada com o protesto da Kelly. Mas depois percebi que ela não havia brincado. Comecei a repensar minha dedicação em agradá-la e concluí que ela estava certa. Eu ainda a amava, não achava ter perdido isto, mas as coisas deixaram de ser como no começo.

É claro que uma relação amadurece e nem tudo será sempre como foi no começo. Poderia dizer muitas coisas que melhoraram ao longo dos anos, mas o fato é que neste aspecto específico (expressar valor e carinho) eu havia decaído em relação ao que já havia sido antes. Chocolates populares também são gostosos, mas não são românticos.

Pedi perdão para minha esposa e prometi resgatar aquilo que havia deixado de lado. E claro, tratei de fazer o que devia: voltei a dar bombons da Kopenhagen novamente!

Se isto acontece no nível de relacionamento humano, natural, também acontece no plano espiritual. Da mesma forma que perdemos a paixão e a intensidade de nosso amor por deixar se envolver na rotina de um relacionamento com pessoas que realmente amamamos, também acabamos deixando que a relação com o Senhor sofra desgastes. E o Deus que nos chamou à uma relação de amor total não aceita isto. Ele protesta e pede de volta aquilo que perdemos.

Nas visões do Apocalipse, que o apóstolo João recebeu na Ilha de Patmos, o Senhor lhe confiou algumas mensagens às Igrejas da Ásia. Na carta endereçada à Igreja de Éfeso, o Senhor Jesus protestou acerca da decadência de amor que a Igreja vinha apresentando. Ele protestou a perda do que denominou como o primeiro amor:

“Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.2-5)

O PRIMEIRO AMOR

O que é o primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nesta mensagem? É um fogo em nosso íntimo, de grande intensidade, e que coloca Jesus acima de todas as outras coisas. Isto foi bem exemplificado em uma parábola de Cristo:

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44)

O Senhor fala de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar de seu achado. Estas duas características são evidentes na vida de quem tem um encontro real com Jesus.

Esta alegria inicial foi mencionada por Jesus na parábola do semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça diante de algumas provas:

“O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.” (Mateus 13.20-21)

Outros cristãos, por sua vez, mesmo em face das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes desta alegria:

“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” (Atos 5.40,41)

O primeiro amor é aquele primeiro momento de relacionamento com Cristo em que todo o nosso ser devota a Ele. Abrimos mão de tudo por causa deJesus:

“O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.” (Mateus 13.45,46)

O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta. É quando amamos a Deus de todo nosso coração e alma, com todas as nossas forças e entendimento. Este primeio amor nos leva a viver intensamente a fé. Foi asim desde o início da era cristã:

“Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.41-47)

Os relatos de Atos dos Apóstolos nos revelam uma Igreja viva, cheia de paixão e fervor:

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35)

Este amor nos leva a praticar a buscar intensamente ao Senhor e também a trabalhar (Jesus o relacionou com “obras” quando disse a Pedro que se ele O amava devia pastorear Seu rebanho - Jo 21.15-18). O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da profundidade deste amor) nos constrange a não mais viver para nós mas para ele:

“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5.14,15)

Foi este constrangimento de amor que levou o apóstolo Paulo a trabalhar mais do que os demais apóstolos:

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)

Assim também se dá conosco hoje. O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, que nos leva a buscar e servir ao Senhor com intensidade e paixão.

A PERDA DO PRIMEIRO AMOR

Alguns acham que se o primeiro amor nos leva ao trabalho, então a perda do primeiro amor seria uma baixa da produtividade. Mas de acordo com o que Jesus falou na carta à Igreja de Éfeso, não se trata apenas de “relaxar” no trabalho de Deus, pois o Senhor lhes disse: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança” (Ap 2.2a). A palavra grega traduzida como “labor” é “kopos” que, de acordo com a Concordância de Strong, significa: “intenso trabalho unido a aborrecimento e fadiga”. Este tipo de labor seguido de perseverança não indica uma queda de produtividade no serviço do Senhor.

Tampouco se trata de desânimo ou desistência, uma vez que nesta mensagem profética o Senhor Jesus louva a persistência destes cristãos de Éfeso: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).

A perda do primeiro amor também não pode ser vista como sendo apenas um momento de crise no trabalho ou na dedicação, uma vez que é algo que Deus tem contra nós:

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.4,5)

Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada pecado e necessita arrependimento. Tem muito crente que continua se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perdeu sua paixão. Faz o que faz por hábito, rotina, por medo, pelo galardão, por qualquer outro motivo que, acompanhado daquele primeiro amor intenso faria sentido, mas sozinho não.

A queixa que o Senhor faz é o fato destes crentes terem deixado (ou abandonado, depende a tradução) o primeiro amor. A palavra grega “aphiemi”, traduzida como “abandonar” neste texto bíblico, tem um significado bem abrangente. A Concordância de Strong define esta palavra assim: “enviar para outro lugar; mandar ir embora ou partir; de um marido que divorcia sua esposa; enviar, deixar, expelir; deixar ir, abandonar, não interferir; negligenciar; deixar ir, deixar de lado uma dívida; desistir; não guardar mais; partir; deixar alguém a fim de ir para outro lugar; desertar sem razão; partir deixando algo para trás; deixar destituído”.

As expressões acima refletem não apenas uma perda que possa ser denominada como acidental, mas um ato relapso de abandono, de descaso. O Senhor Jesus também não está protestando àquela Igreja por não o amarem mais. Não se tratava de ausência completa de amor, ainda havia amor. Porém, era um nível de amor que já não era mais intenso, não era o amor total que temos o dever de lhe oferecer.

PORQUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR

O primeiro amor é como um fogo, se você põe lenha ele se inflama mais, contudo, se você joga água ele se apaga... falhamos em não alimentar o fogo, mas também em permitir que outras coisas o apaguem.

Várias coisas contribuem para que nosso amor pelo Senhor sofra a perda de intensidade. Mas há três, especificamente, as quais quero dar atenção aqui. Se queremos nos prevenir e evitar esta queda, ou se queremos restauração depois de termos caído, precisamos entender estes aspectos e como eles nos afetam:

1) O convívio com o pecado;
2) A falta de profundidade;
3) A falta de tratamento.

O convívio com o pecado tem o poder de esfriar nosso amor por Deus:

“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”. (Mateus 24.12)

Quando falo do convívio com o pecado, em vez do pecado em si, pretendo estabelecer uma diferença importantíssima aqui. É mais do que óbvio que quem vive no pecado está distante de Deus. O primeiro amor é chamado de pecado, mas não é ocasionado necessiariamente por outro pecado na vida da pessoa. É uma perda espiritual num momento em que talvez a pessoa acredite que de fato tudo vai bem.
Creio que no texto acima Jesus se refere aos pecados da sociedade em que vivemos. Por se multiplicar o pecado à nossa volta (não necessariamente em nossa vida), passamos a conviver com algumas coisas que, ainda que não as pratiquemos, começamos a tolerar.

Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o pecado à nossa volta. Muitas vezes o enredo dos filmes que nos proporcionam entretenimento nos fazem acostumar com certos valores contrários aos que pregamos. Acabamos aceitando violência, imoralidade e muitos outros valores mundanos. Mesmo que não cedendo a estes pecados, se não mantivermos um coração que aborreça o mal, nos acostumaremos a estes valores errados à ponto de nosso amor se esfriar. Precisamos agir como Ló, que se afligia pelas iniqüidades cometidas à sua volta:

“E, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo”. (2 Pedro 2.6-9)

Um segundo fator que contribui para o esfriamento de nosso amor para com o Senhor é nossa falta de profundidade na vida cristã. Jesus fez menção, na parábola do semeador, da semente que caiu em solo pedregoso; é aquela planta que brota depressa,mas não desenvolve profundidade. Porque a raiz não consegue penetrar fundo no solo (pois se depara logo com a pedra), se torna superficial, se desenvolve na superfície. O resultado é que, saindo o Sol (figura do calor das provações), esta planta morre logo.

“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam”. (Lucas 8.13)

O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdemos a alegria inicial é desenvolver profundidade. Muitos cristãos vivem só dos cultos semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não oram, não se enchem da Palavra, não procuram mortificar sua carne e viver no Espírito, não se engajam no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, vivem só na superfície! A questão de profundidade nas coisas espirituais é aplicada não só à caminhada cristã. Na carta à Igreja de Tiatira, no Apocalipse, o Senhor Jesus elogiou aqueles que não conheceram as profundezas de Satanás:

“Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha”. (Apocalipse 2.24,25 - ARC)

O mesmo princípio de profundidade se aplica ao reino de Deus e das trevas. Nós que conhecemos a verdade não podemos nos relacionar superficialmente com ela. Se desen-volvermos raízes profundas em Deus não fracassaremos na fé.

O terceiro fator que contribui para o esfriamento de nosso amor ao Senhor é a falta de tratamento em algumas áreas de nossas vidas. Vimos que um dos exemplos de crescimento abortado que Jesus revela na parábola do semeador é a falta de raiz, de profundidade. Mas outro exemplo que o Senhor nos dá nesta ilustração é o da semente que caiu entre espinhos:

“Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram”. (Lucas 8.7)

Note que os espinhos não pareciam ser tão comprometedores a princípio, pois eram pequenos. Mas porque não foram arrancados, eles cresceram.

“A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer”. (Lucas 8.14)

Aquelas áreas que não são tratadas em nossas vidas podem não parecer tão nocivas hoje, mas serão justamente estas áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor depois. A queda não é um acidente, nem um ato instantâneo ou imediato. É um PROCESSO que envolve repetidas negligências de nossa parte; e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às areas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas.

Este é um caminho para proteger nosso amor ao Senhor. O cuidado nestas três áreas nos será útil para evitar a perda (ou depreciação) do primeiro amor. Contudo, muitos de nós já o temos perdido. E, mesmo que o reconhecimento das causas nos ajude a sermos preventivos daqui em diante, temos que fazer algo agora em relação à perda que já sofremos. Portanto, quero compartilhar o que tenho entendido nas Escrituras ser o caminho de volta...

O CAMINHO DE VOLTA

Foi o próprio Senhor Jesus que propôs o caminho de restauração:

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5)

Cristo falou de três passos práticos que devemos dar a fim de voltarmos ao primeiro amor:

1) “Lembra-te”;
2) “Arrepende-te”;
3) “Volta à prática das primeiras obras”.

O primeiro passo é um ato de recordação, de lembrança do tempo anterior à perda do primeiro amor. Não há melhor maneira de retomá-lo do que esta... relembrar os primeiros momentos de fé, de experiência com Deus. O profeta Jeremias declarou:

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. (Lamentações de Jeremias 3.21)

Algumas lembranças tem o poder de produzir em nós um caminho de restauração. Muitas vezes não nos damos conta daquilo que temos perdido. E uma boa forma de dimensionar nossas perdas é contrastar aquilo que estamos vivendo hoje com aquilo que já experimentamos antes em Deus.

Recordo-me de uma ocasião em que fui visitar meus pais e entrei no quarto que, quando solteiro, dividi com meus irmãos. O simples de fato de entrar naquele ambiente trouxe à minha memória inúmeras lembranças. Revivi em minha mente meus momentos de oração e intimidade com Deus passados ali. Recordei, emocionado, as horas que, diariamente, passava ali trancado em oração.

Sem que ninguém (nem mesmo Deus) me falasse nada, percebi que minha vida de oração já não era como antes. Estas lembranças propulsionaram naquela época, uma retomada da dedicação à oração, e mesmo hoje, quando me recordo daqueles momentos poderosos de visitação de Deus que vivi naquele quarto, sinto-me motivado a resgatar o que deixei de lado.

Mas a lembrança em si do que eu havia provado ali não produziu mudança alguma. Apenas trouxe um misto de saudade com tristeza, bem como arrependimento por ter deixado de lado algo tão importante.

E esta é a segunda atitude que Jesus pediu aos irmãos de Éfeso: “arrepende-te”. Não basta ter saudade de como as coisas eram antes, é preciso sentir dor por ter perdido o primeiro amor; lamentar, chorar e clamar o perdão de Deus e reconhecer que isto é mais do que desânimo, ou qualquer outra crise emocional. É um pecado de desamor, de desinteresse para com Deus.

À semelhança dos profetas do Velho Testamento, Tiago definiu como devemos nos posicionar em arrependimento diante do Senhor. Deve haver choro, lamento e humilhação:

“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.8-10)

Humilhar-se perante o Senhor é o caminho para a exaltação (restauração) diante d´Ele. Se você reconhece que tem abandonado seu primeiro amor separe depressa um tempo para orar e chorar em arrependimento perante o Senhor e buscar renovação.

Sei que recordar e chorar o passado também não é a cura em si, mas ajuda a alcança-la. São estágios de preparação, por assim dizer. Mas o conselho proposto pelo Senhor tem um terceiro passo prático: “volta à prática das primeiras obras”. Portanto, não basta apenas reviver lembranças e chorar, temos que voltar a fazer aquilo que abandonamos.

Estas primeiras obras não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas à ele. Ou são uma forma de expressá-lo, ou de alimentá-lo, ou ambas as coisas. Elas tem a ver com a forma como O buscávamos e também a maneira como O serviámos. Note que Jesus não protestou dizendo que os efesios não o amavam mais, e sim que já não amavam como o faziam antes. Precisamos mais do que reconhecer nossa perda, precisamos voltar a agir como no início da caminhada com Cristo.

É tempo de resgatar nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que amor total. Que o Senhor nos dê graça para viver intensamente a obediência ao maior mandamento!




(Por Luciano P. Subirá)
beijos a todos! Taynara Pessoa ;*

domingo, 11 de outubro de 2009

A Unidade que Agrada a Deus

Deus quer que seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus se preparou para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:20-21). Aqueles que querem glorificar a Deus incentivarão esta unidade entre os crentes: "Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14:19). Como servos de Deus em comunhão com o Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter a unidade "Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros." (Filipenses 2:2-4). Paulo deu a fórmula prática para esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto: "Irmãos, peço, pela autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e numa só intenção." (1 Coríntios 1:10).

A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e criar alianças ímpias, como o faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam contra seu adversário comum, Jesus. Mas a unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade genuína, amor pelos irmãos e, acima de tudo, um amor intransigente por Deus e sua palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo para servi-lo juntos!



Faz-nos UM, no amor de Deus, na graça de Jesus, na comunhão do Espírito, unidos em Cristo em uma aliança eterna, infinita, inquebrável.


Por: Taynara Pessoa ;*

Faz-nos UM



Encontro de Jovens que aconteceu em nossa Igreja dia 29 de agosto de 2009
Foi uma benção, para honra e glória de Deus
Em breve mais fotos no orkut ;)


Lívia, Fellypy, Tay, Beka, Rafaela, Sthefanie
(uma das poucas fotos que tiramos, né?!)

Por: Taynara Pessoa ;*

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fazendo o melhor para Deus

Para que fazer aulas de dança, se eu sei dançar? Esse não é o entendimento correto.
“Porque nEle foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele.” (Colossenses 1:16)
Quantas vezes nós ouvimos pastores e líderes pregarem que: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”. Mas a verdade é bem diferente disso, pois Ele é quem é o dono de todo o entendimento e sabedoria. Isso nos faz concluir que, sim, Ele capacita os escolhidos!
Durante muito tempo, a igreja tem dado glória a Satanás quando diz que 'isso ou aquilo é do diabo'. Na realidade, ele não tem nada, nem mesmo as chaves da casa dele (Apocalipse 1:18). Satanás, na verdade, é um grande imitador das coisas feitas pelo único Criador de tudo. A bíblia nos garante que “n'Ele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele.” (Colossenses 1:16).
Olha o que o texto diz: “tudo foi criado por Ele e para Ele”! E nos perguntamos, será que até o ballet clássico foi criado por Deus? E Ele responde que tudo, até o samba, o axé, o forró, a salsa, o pagode, a swingueira. Quando a bíblia diz tudo, é literalmente tudo! Todos os ritmos, todos os passos, todas as coreografias foram criadas por Ele para louvor e adoração a Deus.
Certo dia um bailarino profissional e professor de danças, estava em um congresso e viu uma moça dançando em pontas, com postura completamente errada, a ponto de quebrar a própria perna, ou até mesmo o tornozelo. Quando teve oportunidade de falar com a jovem, com muito jeito ele perguntou onde ela fazia aulas e ela sem nenhuma cerimônia afirmou “Yeshua é meu professor!”.
Parece até piada, mas infelizmente isso tem acontecido muito dentro das igrejas. Agora pare e pense por um instante: Quando Deus resolveu nos presentear, mesmo que não merecêssemos, Ele deu alguma coisa velha, ou esfarrapada? Não. Ele nos deu o Seu MELHOR, Jesus, o primogênito da criação! (Colossenses 1:15) Então, por que dar menos para Ele? Quando Deus chama alguém para ser baterista, será que a pessoa senta na bateria (sem nunca ter tido aulas na vida) e começa a tocar imediatamente sem erros? Não! Eu não quero dizer com isso, que Deus não pode fazer os seus milagres e capacitá-lo para isso. Deus pode todas as coisas! Porém, temos que buscar sempre fazer o melhor para aquele que deu O MELHOR por nós. E se, para isso, precisamos fazer aulas para aprimoramento de nossos dons e talentos, que tenhamos a disposição para isso. Ninguém nasce sabendo, tudo aprendemos, inclusive a dança.
Subir no altar e se balançar de qualquer jeito e dizer que isso é dança, é uma tristeza. Pode até ser movimento, mas dança não é. Dança é movimento ritmado e organizado. E, o pior ainda é dizer que “se é para Deus, tudo bem. Ele recebe de qualquer jeito”. No início de um ministério sem estruturas até que se admite isso, afinal tudo está começando, mas continuar a fazer feio, para piorar sem técnica, e dizer que ‘está tudo bem’...
Não foi, não é, e nunca será esse nível de excelência ensinado por Deus. Quando vemos todos os fatos que envolveram a vinda de Jesus para a terra a fim de nos salvar, vemos que Deus se preocupou com os mínimos detalhes; e tudo Ele fez com muito amor e perfeição. Ele se preparou por milhares de anos, desde Adão até Jesus, para na hora certa fazer o melhor para nós.
Unção é imprescindível, mas técnica tem que estar aliada a unção! Então, se até hoje você não tinha esse entendimento, ai sim, tudo bem. Mas agora que você tem o conhecimento dessas coisas é hora de buscar e se capacitar para fazer o melhor para Aquele que por você fez, e ainda faz, o melhor.





Deus te abençoe poderosamente, e te capacite para fazer sempre o MELHOR para Ele.


Por: Taynara Pessoa ;*